No dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, uma data que transcende fronteiras, marcada por sua origem na luta por direitos igualitários. Essa celebração foi oficializada em 1975 pela ONU, mas teve seu nascimento em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, e ganhou força após o trágico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em Nova York, no ano de 1911.
Cinquenta anos após a oficialização da data como um marco crucial na busca pelos direitos femininos, a representatividade das mulheres no mercado de trabalho ainda enfrenta desafios significativos. Na indústria, de acordo com a Pesquisa “Mulheres na Indústria” de 2021, conduzida pela Confederação Nacional da Indústria, mais de 75% dos cargos são ocupados por homens, e apenas 38% das posições de liderança são ocupadas por mulheres.
A promoção da igualdade de gênero ganhou relevância global, integrando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, aos quais o Brasil se comprometeu. Em um contexto em que mulheres ganham, em média, 25% menos que homens na mesma posição e enfrentam desafios relacionados a outras tarefas e à economia do cuidado, frequentemente atribuídas às mulheres, a agenda pela igualdade de gênero envolve a implementação de ações concretas, tais como recrutamento ativo de mulheres para cargos de liderança, transparência na divulgação de políticas de remuneração, além de programas de mentorias, redes de apoio e capacitação.
Ainda que os números de representatividade feminina na indústria sejam alarmantes, a pesquisa da CNI demonstrou avanços importantes em relação a edições anteriores. Estima-se que seis em cada dez indústrias brasileiras têm políticas de promoção da igualdade de gênero; 77% delas adotam políticas de igualdade salarial; 56% possuem programas de capacitação e incentivo à liderança feminina; e 38% adotam a licença-maternidade, ações cruciais para a fundamentação de um setor com maior equidade de gênero.
A pauta da participação das mulheres na indústria é relevante, pois o setor corresponde a 23,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e concentra 21,2% do emprego formal do país. Estima-se também que 85% das decisões de compra são feitas por mulheres; e que, no Brasil, quase 50% dos lares são chefiados por uma mulher. Portanto, a inclusão feminina em setores da indústria representa também uma importante alavanca para o potencial de consumo feminino e demais segmentos econômicos.
Na GrowinCo, somos mente aberta e estamos comprometidos com valores como colaboração, respeito e equidade, entendendo a diversidade como propulsora de inovação. Através do grupo de afinidade “Fearless Women”, construímos um ambiente acolhedor que promove o senso de pertencimento das mulheres em nossa equipe e comunidade. Nosso programa de mentoria feminina, “Women Up”, visa capacitar as mulheres para que se tornem líderes capazes de revolucionar a indústria CPG nos próximos anos.
Foto de Priscilla Du Preez 🇨🇦 na Unsplash